O fracasso da dupla Gre-Nal no Campeonato Brasileiro tem motivos diferentes. O Internacional tem bons jogadores, um bom grupo para figurar entre os líderes e beliscar o título. O problema é o comando técnico e da direção. O Grêmio não possui um grupo tão qualificado tanto que perdeu o Gauchão, perdeu a Libertadores e vai ficar de fora do g-4 do Brasileirão. Não adianta trazer de volta o Roth, promover o Rospide ou o Paulo Autuori. Os jogadores que o Grêmio têm na mão são insuficientes para uma temporada. É difícil o torcedor aceitar, mas o fracasso maior é do Internacional que com recursos financeiros se atrapalhou. O Grêmio não tem tanta bala na agulha assim e precisa subir aos poucos com os pés no chão.
O ano ainda não está perdido para Inter. Basta fazer um time feijão-com-arroz e conquistar os pontos que faltam para voltar ao G-4. O problema é que Mário Sérgio começou a inventar. Uma hora é 3-5-2, depois é 4-4-2. Depois tem Andrezinho na lateral, Bolaños na lateral, dois atacantes de área. O torcedor ontem enxergou uma obviedade: o garoto Marquinhos é o primeiro reserva do ataque e se Taison não vem bem já deveria ser promovido. Alecsandro, pelos gols que fez, tem crédito para começar o jogo, mas se for mal deve ser substituído por Alan Kardec, que é do mesmo perfil, de área.
Escolhe logo o time e o esquema e morre com ele abraçado até o fim. A única boa descoberta de Mário foi o garoto Daniel, que é lateral mesmo. Então é só escalar o time com o garoto na lateral, escolhe os dois melhores zagueiros: Bolívar e Eller. Na esquerda o Kléber. Meio-campo com Guina, Sandro, Giuliano e D'alesandro. No ataque, Taisou ou Marquinhos, Alecsandro ou Kardec. Deixa o Bolaños no banco como opção. O Giuliano estava suspenso, põe o Glaydson fora de casa e o Andrezinho no Beira-Rio. Quem for mal, troca. Se o adversário dominar o meio-campo, reforça. Se perder um expulso como ontem o Botafogo, não tira lateral, mexe no ataque. Se quiser escolher o 3-5-2, tudo bem, mas mantenha a maioria dos mesmos jogadores. Este troca-troca gera insegurança e bagunça o time como se viu.
O Grêmio não tem mais o quê fazer para buscar a vaga no G-4. O time é fraco tecnicamente. Mas precisa valorizar os bons valores. O goleiro Victor, o zagueiro Réver, Mário Fernandes, Souza e Máxi Lopez. Se o critério for rigoroso, apenas os zagueiros e o goleiro são intocáveis. Porém, o papel agora é da diretoria. Fazer uma ampla avaliação do grupo e sair em busca de reposição. Se faltar dinheiro, terá que usar a criatividade e apostar na base.
O time criou inúmeras oportunidades de gol no primeiro tempo contra o Santo André, mas não soube aproveitá-las. O time vem assim desde a época do Mano Menezes. Fora de casa perde força pela falta do grito da torcida porque no fundo o time é limitado e vem piorando. Fazem muita falta jogadores como Carlos Eduardo, Rafael Carioca e William Magrão. Vejo o Grêmio com boas tabelas, jogadas de linha de fundo, toque de bola. Isso é coisa do treinador. Bobagem esta história de que o time não tem pegada. Até o guri Roberson pegou duro demais e foi expulso no ABC Paulista.
Se não vender o Mário Fernandes já tem um trio na zaga: Victor, Mário e Réver. Precisa buscar um lateral-direito de ofício. No meio-campo, os volantes são fracos. Com William Magrão recuperado, ainda vai precisar contratar mais um jogador para a posição. O craque do meio também faz falta. Nem Tcheco nem Souza são craques. O garoto Douglas Costa pode se juntar ao time com um jogador inteligente, um camisa dez como fora o Roger. Não descartaria ter um meio-campo forte no Grêmio e colocar Souza novamente na lateral-direita. O ataque é o maior drama. Jonas é o goleadordo time, mas não pode ser titular. Fica no banco. Máxi Lopez me parece caro demais pelo que joga. O Herrera não tem mais condições de jogar nua equipe grande. Ok. Jonas e Máxi permaneceriam no grupo. Mas a diretoria precisaria encontrar um jovem atacante promissor e um matador consagrado de movimentação, tipo o Leandro que quase veio. É hora de garimpar entre os rebaixados, na Série B. Sempre tem bons jogadores.
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