segunda-feira, 21 de julho de 2008

Lamentar Robinho é ridículo

Lamentar a ausência de Robinho nas Olimpíadas é a piada do ano. O Brasil paga aquilo que planta. A CBF nem os clubes têm uma política de futebol, uma regra rígida para tentar manter os craques do Brasil mais tempo por aqui. Há uma prostituição do nosso esporte maior em função dos dólares, dos euros e agora dos petrodólares. O Real Madrid é dono do Robinho. Por quê reclamar? O time espanhol faz o quê quer com ele. E não adianta o jogador chorar. É a lei de mercado. Só há um jeito de mudar esta história. Criar uma lei de proteção econômica para os clubes, um incentivo à prática esportiva no Brasil, com isenção de impostos para empresas que investirem em esportes assim como é a Lei Rouanet.
E isso não vale apenas para o futebol, mas para o vôlei, o basquete, a natação, e todo qualquer esporte. Incentivar o esporte é desenvolver saúde, educação e a economia. E com criatividade é possível fazer esporte de qualidade no Brasil. Quantos clubes como São Paulo e Internacional formam atletas, vendem e compram jogadores.
Mas é preciso também criar barreiras. Deveriam convocar apenas os jogadores que estão na idade Olímpica e se preparar com uma boa margem de tempo. Na Copa América e Copa da Confederações usar apenas jogadores que atuam no Brasil. Assim, os estrangeiros não vão para a vitrine da Seleção e não engordam os bolsos dos clubes estrangeiros. A CBF ganha milhões por ano somente com a Seleção. Porque não cria uma cota de apoio aos clubes brasileiros como já fez a Federação Paulista para melhorar o nível do Campeonato Paulista? Por quê a CBF não institui uma taxa alta para os clubes estrangeiros tirarem os jogadores do Brasil? E com este dinheiro, investiria em estádios, centros de treinamento, campos de futebol como faz a Fifa pelo mundo.

O governo federal, o estadual e os municípios deveriam ter obrigação de investir no esporte. Dividir parte dos recursos em educação e esporte. Simples. Sala de aula, recreio com ativididade física e merenda. Daí, sairiam os campeões, os atletas, os técnicos, preparadores físicos, e profissionais de todas as áreas comuns ao esporte.
O esporte está em tudo. E Brasil é o País do esporte. Se o Real Madrid não cede o Robinho, temos mais 200 Robinhos, Patos e Ronaldinhos. Eles estão aí nas esquinas. É só os cartolas, os burocratas e os políticos, apagarem o charuto, arregaçarem as mangas e dar condição ao Brasil. Se temos Pelé, Ayrton Senna, Garrincha, Oscar, Hortência e tantos gênios da música como Tom Jobim, da medicina como Ivo Pitanguy, da ciência como Santos Dumont, porque chorar pelo Robinho? Ele sim tem o direito de chorar porque agora é escravo do time merengue.

Um comentário:

Castiel disse...

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