O Brasil de Pelotas está no Campeonato Gaúcho apenas por necessidade. Cair para segunda divisão é o mal menor. O acidente que matou três profissionais do clube, feriu outros tantos e abateu milhares de pessoas em Pelotas foi obviamente uma fatalidade e não havia como evitar a péssima campanha no Gauchão. Agora, que o time deve ir para Segundona, tem gente que afirma que o Brasil nunca deveria ter disputado o estadual. mas como pagar os salários de funcionários e jogadores, manter a estrutura do clube quase falido devido ao acidente, mobilizar a federação, os clubes e a comunidade sem entrar em campo? Impossível.
Tenho certeza de que um time grande começa pela torcida. Poucos clubes no mundo tem uma torcida tão fiel como a do Brasil de Pelotas. Acredito que a força do Xavante será redobrada na segunda divisão e o Bento Freitas vai estar sempre lotado para que haja recursos e folha de pagamento suficiente para levar o rubro-negro de volta à elite do futebol gaúcho. Fica de todo este episódio a lição de que com organização e planejamento é possível fazer milagres no futebol. A única coisa impossível é trazer de volta os profissionais que morreram. Mas o tempo é capaz de reviver coisas que jamais podemos imaginar. Quem sabe daqui há alguns anos, o Brasil não estará forte de novo e nas categorias de base não estará despontando um novo atacante, Agustín, o filho do Claudio Milar (foto).

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