domingo, 24 de maio de 2009

Rubinho patina na última grande chance


foto Luca Bassani/Tazio(UOLl)
O piloto brasileiro Rubens Barrichelo ganhou uma oportunidade de ouro na temporada de 2009 da Fórmula-1 ao permanecer na antiga Honda, hoje a poderosa Brawn. O carro começou bem na frente dos demais e agora já começa a ser alcançado pelas Ferraris. Mas quem se aproveitou da supremacia da equipe - seja do motor, do difusor, da aerodinâmica - foi o britânico Jenson Button. Hoje ele garantiu a quinta vitória em seis GPs disputados e disparou na liderança do campeonato. E venceu em Mônaco, onde só os gigantes vencem ou geralmente quem briga pelo título vence. Button ganhou a corrida no sábado quando conquistou a pole position. Rubinho ficou em terceiro depois de mais uma vez ter liderado boa parte do grid. Mas na hora decisiva ficou em terceiro, sendo ultrapassado por Kimi Raikkonen. No domingo, porém, Barrichelo ganhou a segunda posição logo na largada, como fizera no GP da Espanha quando largou bem. Mas não teve velocidade suficiente para encostar no líder que chegou a abrir em média 10 segundos de vantagem. E mais, o próprio Raikkonen e Felipe Massa, os dois da Ferrari, encostaram em Rubinho. Não fosse Mônaco, talvez, corresse o risco de ser ultrapassado. Se fôssemos comparar ao futebol, Rubinho seria aquele jogador importante no time, no grupo, mas que poucas vezes decide sozinho com habilidade e ousadia. Um bom passador, bom toque de bola, quase não marca gols. Erra pouco, embora não arrisque nunca e segue à risca as orientações do comando técnico. A diferença é que a Fórmula-1 exige individualidade, arrojo e coragem de partir para cima. Para Brawn, Rubinho tem sido perfeito. Segura quem está atrás dele e abre caminho para Button disparar. É quase o mesmo que fez na época em que corria com Schumacher na Ferrari. Felipe Massa é diferente. Tentou uma ultrapassagem quase impossível em Mônaco sobre Nico Rosberg, da Williams, e perdeu duas posições. Mas com raça se recuperou e chegou a ter a volta mais rápida quando os pneus estavam em boas condições. Nenhum dos dois pode ser comparado aos grandes pilotos. Para quem teve Ayrton Senna, fica difícil torcer por um título mundial. Felipe tem mais condições, mas não teve carro no ínicio da temporada. Rubinho tem carro, mas não tem braço para despontar. Barrichelo precisa vencer um GP logo para ganhar confiança e mudar a opinião de todos que ele nasceu para ser sempre o melhor candidato ao vice-campeonato.

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