segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ano pífio da dupla GreNal

Mesmo com o Inter na Libertadores da América e o Grêmio na Sul-americana, o ano já é pífio para a dupla Gre-Nal. O Inter foi a grande decepção da temporada em mais um vai e vem de jogadores e troca de técnicos sem sucesso. Galo, Tite e Mário Sérgio. Parece aí outro erro grave do Colorado. O primeiro é um aprendiz, o segundo é um profissional que não evoluiu e o terceiro nunca ganhou nada como treinador. O ano que começou em alta tem um gráfico em queda livre. Apenas no Gauchão o time jogou. Desde o ano passado, o time não tem jogadas, o meio-campo caiu de rendimento. Só o fato de Alex e Nilmar estarem na Seleção e fora do Inter dá uma idéia da perda. Nilmar pela qualidade individual e Alex por dois motivos: individualmente e pelo conjunto.
O melhor Inter tinha no meio Guiñazu, Magrão, D'alesandro e Alex. Aí Nilmar e Taison voavam à frente. Ou então Taison era banco e Sandro estava no meio. Andrezinho e Alecsandro eram reservas. O Inter precisa urgente para o ano que vem jogadores velozes com características semelhantes a Alex e Nilmar. Talvez Giuliano possa ser o homem do meio, mas na frente não é Alecsandro, nem Taison. O garoto perdeu a confiança e precisa de uma sombra, Alecsandro se acomodou. Alan Kardec é uma boa opção e ainda tem o Walter e o Marquinhos. Falta, no entanto, coragem e olhos dos treinadores para substituir. Quem joga mal sai, quem tem qualidade entra. Quem é ruim nem deveria ser opção senão acaba entrando.
Por quê Andrezinho entrou na lateral-esquerda contra o Atlético Paranaense? O Mário Sérgio enlouqueceu. Foi só o Antônio Lopes colocar o Marcinho às costas dele e bingo! O Inter não perdeu por sorte. Se quer fazer um 3-5-2, precisa de alas e força no meio-campo. Não pode começar o jogo com Guiñazu, Glaydson e D'alesandro. Dale ficou isolado e bem marcado foi um jogador comum, apático. Os alas eram o zagueiro Danilo e o lateral Marcelo Cordeiro. Fracos no apoio também facilitaram a marcação de Taison e Alecsandro. O Inter iria jogar 100 anos e nunca faria gol no Atlético. O time coleciona resultados ruins no Beira-Rio, perdeu a Copa do Brasil, a Recopa, e caiu na primeira fase para o Inter na sul-americana. Tá pedindo para ficar fora da Libertadores.
O Grêmio além de perder o Gauchão, faz uma das piores campanhas do Brasileirão. Desde os tempos de Mano Menezes, tinha este problema de perder muitos jogos fora de casa. Quem conseguiu melhorar este desempenho foi Celso Roth no ano passado. Mas na Libertadores manteve a mesma escrita. O melhor técnico na competição foi Marcelo Rospide. Não pode o time vencer apenas o Náutico fora de casa. É um vexame. Ao Grêmio faltam opções.
Não acredito que o problema do Grêmio seja o técnico Paulo Autuori. Ao contrário do Internacional, o Grêmio tem jogadas. Sábado, Lúcio lançou Tcheco na ponta que colocou na área e Maxi mandou de primeira, numa clara triangulação bem trabalhada. Souza, mesmo sendo frágil fora de casa, faz falta no meio-campo. O problema é que o garoto Adílson não consegue se firmar, Túlio é um bom jogador para grupo e o Rockembach ainda não deslanchou.
O ataque se vale pelas atuações do Olímpico por isso acumula tantos gols. Mas Maxi, Jonas, e Herrera são jogadores irregulares. O Maxi é forte, inteligente, mas pouco habilodoso. É tosco, trombador e paradão. O Jonas é inseguro e frágil, mas tem os fundamentos do futsal para chutar. Além disso, é um operário padrão e erra uns 15 para fazer dois gols. O Herrera é o timpo porra-louca. Parece uma barata tonta, ou cucaracha zonza. Corre de um lado para o outro, marca, dá pau, chuta, se atira. Pelas credenciais, o Máxi pode ser titular. Mas ele precisa de um companheiro mais qualificado. Algo como Diego Souza, que já foi do Grêmio e está na seleção. Assim como o Inter, o Grêmio não tem lateral direito e só Rever é bom zagueiro. Em resumo, precisa de pelo menos mais dois atacantes, um de primeira linha, um volante, um meia para o lugar de Tcheco, um reserva para Souza, um lateral direito e um zagueiro. Falta muita coisa e isso não é culpa do Autuori. Tenho certeza, se ele fosse o técnico do Inter, por exemplo, o time jogaria bem mais. E se o Mário Sérgio assumisse o Grêmio, correria risco de ir para a Segunda Divisão.
A propósito, o Mário Sérgio falou que pode mudar, enganar a imprensa quando quiser. Ele tem 40 anos de futebol e os profissionais são jovens, ingênuos. Ele tem razão, jogou muito como jogador. Mas alguém perguntou nestes 40 anos, quantos títulos ele ganhou como técnico para se gabar da experiência? É cedo para falar, mas que começou mal, ah começou. E o Grêmio não pode abandonar o projeto Autuori por causa da má campanha do Brasileiro.

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