terça-feira, 15 de junho de 2010
Brasil estréia com futebol pífio em Copa sem arte
O Brasil jogou um futebol pobre hoje na estréia da Copa do Mundo da África do Sul contra a Coréia do Norte. O time de Dunga mostrou-se burocrata, com pouca criatividade e até mesmo desorganizado na vitória de 2 a 1. Os melhores jogadores foram Maicon e Robinho, os únicos que tentaram o tempo inteiro romper a barreira adversária que impôs uma forte marcação. Kaká foi a grade decepção porque se trata de um bom jogador e deveria ter mais iniciativa, o que parece não ser uma característica do camisa 10 brasileiro. O resultado para a competição não é ruim, mas eu insisto que prefiro perder vendo a Seleção jogando bonito que ganhar aos trancos e barrancos.
A Seleção Brasileira está devendo há muito tempo um futebol vistoso e alegre em copas do Mundo. Aliás, o futebol mudou muito por causa da evolução da força física e da marcação implacável. Estão impedindo cada vez mais que os times sejam criativos, ágeis, artísticos. O futebol deixou de ser uma arte virou um produto da indústria da vitória. Todos jogam parecidos, destroem jogadas para depois construir alguma coisa. Em 1994, o Brasil ganhou a Copa nos pênaltis mesmo com Romário e Bebeto no ataque. Em 2002, coletivamente teve evoluções, mas as individualidades, mesmo de Ronaldo, eram de oportunismo, de arrancadas atléticas e não plásticas. O último campeão, o time italiano era um exército de jogadores aplicados taticamente, mas sem qualquer brilho individual. A esperança era Zidade da França, mas acabou expulso.
Por incrível que pareça, o gol da Coréia foi animador porque o passe de cabeça do atacante coreano que anteviu o companheiro chegando em velocidade foi genial. Yun Nam, o autor do gol, limpou dois brasileiros e chutou forte. Um belo gol. Gostaria de ver mais dribles, jogadas de linha de fundo, chapéus, canetas, letras e costuras. Para ser campeão não é preciso jogar bonito. Mas não é isso que procuro quando assisto a uma Copa do Mundo. Já ganhamos cinco vezes. Ainda sonho ver um futebol pelo menos parecido com o de Garrincha, Pelé e Falcão. Nem que seja qualquer outra seleção até mesmo a Argentina. Sou apaixonado por futebol show não pela competição. Mais uma vez repito: odeio a frase do Parreira "O Show é ganhar". Não! O Show é jogar com arte. E nesta Copa até aqui jogaram o pincel, as tintas e a tela no lixo. Não há um só quadro para admirar.
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