terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma copa em cores, preto e branco


A Copa do Mundo da África do Sul traz pela primeira vez para o Brasil um transmissão digital de alta definição na televisão em todas as cores. Mas o preto e o branco voltam a ser destaque pelas diferenças culturais e, principalmente, pela arbitrariedade do racismo que tanto manchou de sangue este continente. Parece que a história reservou um momento especial em 2010, quando o mundo vai mirar o continente mais negro do planeta. E quando a bola branca rolar haverá uma explosão dos povos africanos, cheios de orgulho de receber o mundo de braços abertos. É a casa deles e, portanto, nós e as demais seleções chegam desta vez apenas para jogar futebol. E que o show seja de gols, de dribles, de grandes jogadas para encantar um povo sofrido que espera surpreender a todos como Pelé fazia.
Esta Copa é tão especial que reúne todas as seleções campeãs mundiais. Veremos Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra na mesma disputa. Mas ao mesmo tempo traz equipes africanas com grande potencial. África do Sul, Camarões, Nigéria, Gana e Costa do Marfim dos negros e a árabe Árgelia. Os donos da casa com o comando de Carlos Alberto Parreira podem ganhar força com a torcida. Os camaroneses de Samuel Eto'o, os ganeses, os nigerianos e os adversários do Brasil de Côte d'Ivoire possuem um futebol alegre de vigor físico capaz de superar as especttiuvas. A copa mais negra da história será a mais colorida, com certeza a mais empolgante e quem sabe a mais surpreendente.

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